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As chuvas que atingem Santa catarina desde o último sábado (27) provocaram estragos em 72 municípios, segundo balanço da Defesa Civil divulgado no fim da tarde desta quinta (1). No total, 6.990 pessoas foram afetadas, com danos em 1.830 residências atingidas.
Entre os eventos registrados no estado estão vendaval, enxurrada, enchentes, inundação, alagamentos, deslizamentos de terra, queda de árvores.
Foram contabilizados 802 desabrigados e 477 desalojados, que foram para a casa de amigos ou parentes.
Mais estragos
Concórdia, no Oeste, decretou situação de emergência, depois que um barranco desabou. Catorze famílias foram para casa de amigos e parentes. A área foi interditada e a situação ainda é considerada de risco, um prédio em construção numa área acima das casas ameaça cair. Técnicos da Defesa Civil Estadual devem ir à cidade por conta do risco de novos deslizamentos.
Em Lages, na Serra, moradores esperam que a água do rio baixe para voltar para casa. Entre quarta e quinta, o nível subiu. Muitos se locomovem de canoa ou a cavalo.
Impasse em barragem
No Vale, um impasse entre Defesa Civil e indígenas tem trazido dificuldades para o uso da barragem para conter as cheias.
A maior barragem do Vale do Itajaí, em José Boiteux, também usada para contenção de cheias, passou a semana de comportas abertas. O governo do estado relatou que a Defesa Civil foi impedida de acessar a sala de controle. O cacique, no entanto, nega.
Segundo a RBS TV, o acordo feito entre os índios e os governos federal e estadual é que a Defesa Civil pode entrar no local. Boa parte da área da barragem é da reserva dos Xokleng, mas um acordo foi feito em Brasília, em 2014, para permitir a utilização da barragem. Nesses dois anos e meio, nenhuma manutenção foi feita. O secretário estadual da Defesa Civil reclama que os índios estão usando da enchente pra barganhar novos benefícios.
Com a previsão de mais chuva nos próximos dias, o secretário não descarta o uso de força policial para garantir o uso da barragem na contenção das águas. O Ministério Público Federal tenta intermediar o impasse.
Recém-ampliadas, as barragens de Taió e Ituporanga foram fundamentais para que as áreas inundadas não fossem ainda maiores. Em Rio do Sul, choveu 227 milímetros em quatro dias, mais do que o dobro do esperado para o mês de maio.
(Foto: ruas ficaram submersas em Lages)
Fonte: G1
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