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Nas últimas três semanas, as internações hospitalares por gripe têm aumentado em Santa Catarina. Desde o início do ano, já foram confirmadas 110 hospitalizações pelo vírus influenza A. Destes casos, 107 foram pelo vírus do subtipo H3N2, um por H1N1 e dois aguardando subtipagem. Também foram registrados nove casos de influenza B.
Santa Catarina também registrou 14 mortes por gripe A, todas pelo vírus H3N2. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive-SC).
— A média passou de nove para 21 internações por semana entre abril e maio. E o perfil dos casos comprova a prevalência da doença entre a população que compõe os grupos prioritários da campanha de vacinação, ou seja, com algum fator de risco associado — afirma Vanessa Vieira da Silva, gerente de Imunização da Dive/SC.
Dos 119 casos, 62,2% apresentaram algum fator de risco associado, dos quais 59,5% eram idosos, 16,3% eram portadores de doenças crônicas, 12,2% eram obesos, 10,8% eram crianças com idade abaixo de 2 anos, além de uma gestante.
Dentre as mortes por influenza, 11 (78,6%) apresentaram algum fator de risco para agravamento (idosos, doentes crônicos e obesos). Em relação a faixa etária, a maioria das mortes (10) foi entre pessoas acima de 50 anos.
As mortes acometeram pacientes residentes em Caçador (duas), Florianópolis (duas), Joinville (duas), Águas Mornas, Blumenau, Jaguaruna, Jaraguá do Sul, Lages, Santa Rosa de Lima,São José e São Miguel do Oeste (uma em cada).
Campanha de vacinação
Até o momento, a 19ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza apresenta cobertura vacinal de 83% em Santa Catarina, sendo que a meta é de 90%.
No total, foram aplicadas 1.144.591 doses em pessoas pertencentes ao público-alvo da campanha: idosos (639.356), crianças de seis meses e menores de cinco anos (277.603); trabalhadores de saúde (90.284); professores (73.294); gestantes (44.538); puérperas – até 45 dias após o parto (10.457); e indígenas (9.059). Outras 444.854 doses foram aplicadas em pessoas portadoras de doenças crônicas, correspondendo a 94,51% do total estimado de 470.671.
A campanha segue até o dia 9 de junho em todo Estado.
As pessoas que pertencem aos grupos da campanha, para receberem a vacina, devem comparecer ao posto de vacinação preferencialmente com a carteirinha de vacinação. Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis devem apresentar prescrição médica com indicação da vacina contra influenza ou, caso sejam cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS, podem se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina sem a necessidade da prescrição. Já os professores têm de apresentar comprovante de vínculo com uma instituição de ensino e os trabalhadores de saúde precisam apresentar carteira de identificação profissional.
Prevenção contra a gripe é essencial
Além da vacinação, há outras ações de prevenção contra gripe que devem ser mantidas. É importante lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizar o álcool gel e evitar tocar os olhos, a boca e o nariz após o contato com essas superfícies.
Ficar atento aos sintomas da gripe, que, em geral, são febre alta, calafrios, tosse, dor de cabeça, dor de garganta, cansaço e dores musculares também é essencial. Quem estiver com febre alta, tosse e falta de ar deve procurar uma unidade de saúde em até 48 horas. O tratamento precoce com medicamentos antivirais ajuda a evitar a evolução para formas graves que podem levar a internação e ao óbito.
Fonte: DC |