Desde o início do ano até o dia 14 de fevereiro, Santa Catarina contabilizou 19 casos suspeitos de febre amarela. Desses, 16 foram descartados, dois permanecem em investigação, aguardando resultado laboratorial, e um foi confirmado, que foi a morte da moradora de Gaspar em janeiro. No ano passado inteiro, foram 17 casos suspeitos em SC, todos descartados.
Os dois casos que continuam em investigação tiveram histórico de deslocamento para áreas com recomendação de vacina nos 15 dias antes do início dos sintomas. Os pacientes viajaram para Minas Gerais e Espírito Santo. Nenhum deles havia tomado a vacina contra a doença.
Eles moram em cidades fora da Área com Recomendação de Vacina dentro do Estado, em Joinville e Trombudo Central . Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Diretoria da Vigilância Epidemiológica de SC (Dive/SC) .
Efeitos adversos
Os cinco casos suspeitos de evento adverso grave após a vacinação contra a febre amarela em Santa Catarina foram descartados. Um deles era a morte de uma mulher em Itajaí. Os sintomas apareceram cinco dias depois da vacina. A assessoria da secretaria de Saúde do município disse que ainda não teve acesso ao resultado, porém, segundo o boletim da Dive-SC ele já foi descartado.
Se a pessoa tem algum tipo de sintoma até 30 dias depois da vacinação serão feitos exames para ver se é caracterizado como evento adverso.
Doença em macacos
A Dive também monitora os possíveis casos em macacos, que são os primeiros a denunciarem a circulação do vírus, que atualmente é restrita ao ambiente silvestre. No período de julho de 2017 a junho de 2018, foram registradas 83 mortes em macacos em 27 municípios catarinenses. Desses óbitos, 27 permanecem em investigação.
Pessoas que vão se deslocar para os estados com transmissão ativa da doença (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia) e catarinenses que vão para as cidades com área de recomendação da vacina, devem se imunizar pelo menos 10 dias antes da viagem. Além disso, crianças com nove meses de idade, independentemente do local de residência, devem ser vacinadas conforme calendário nacional de vacinação em vigor em 2018.