Santa Catarina registra o segundo caso de reação à vacina contra febre amarela. A criança de sete anos foi vacinada em Joinville, teve convulsões e chegou a ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O primeiro caso de reação à vacina no Estado foi confirmado há uma semana e foi um menino de 10 meses de Santo Amaro da Imperatriz. Ambos estão bem. Os dados foram divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive-SC) nesta quarta-feira.
A criança tomou a vacina em Joinville em 26 de janeiro e começou a apresentar sintomas como febre e dor de cabeça no dia 14 de fevereiro. Oito dias depois, a criança teve convulsões e foi internada. Recebeu alta dia 5 de março.
A Dive/SC reforça que a vacina contra febre amarela é considerada segura, sendo a medida mais eficaz para proteção contra a doença. É feita com a partir de vírus vivo atenuado, que estimula a produção de anticorpos contra a doença. A ocorrência de eventos adversos, em especial os considerados graves, são raros, e necessitam de atendimento médico imediato.
Até o dia 5 de março, foram aplicadas 63.491 doses da vacina contra a febre amarela em SC. Nesse período, foram notificados 10 casos suspeitos de reação à vacinação, destes, seis foram descartados e dois seguem em investigação.
Casos suspeitos no Estado
SC tem cinco casos suspeitos de febre amarela. No total, o Estado já teve 33 casos suspeitos, porém 27 foram descartados. Desde o início deste ano, um caso da doença foi confirmado, que foi a morte da moradora de Gaspar em janeiro. No ano passado inteiro, foram 17 casos suspeitos em SC, todos descartados.
Dos cinco casos em investigação, quatro tiveram histórico de deslocamento para Áreas Com Recomendação de Vacina nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas. Sobre o outro caso, ainda não há informações quanto a deslocamentos. Nenhum dos casos suspeitos tinha sido vacinado contra a febre amarela. Desses cinco casos em análise, três residem em municípios em Área Sem Recomendação de Vacina (Balneário Camboriú, Joinville, Florianópolis) e dois em Área com Recomendação de Vacina dentro do Estado (Peritiba e Campos Novos)
Doença em macacos
A Dive também monitora os possíveis casos em macacos, que são os primeiros a denunciarem a circulação do vírus, que atualmente é restrita ao ambiente silvestre. No período de julho de 2017 a junho de 2018, foram registradas 97 mortes em macacos . Desses óbitos, 36 permanecem em investigação.
Pessoas que vão se deslocar para os estados com transmissão ativa da doença (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia) e catarinenses que vão para as cidades com área de recomendação da vacina, devem se imunizar pelo menos 10 dias antes da viagem. Além disso, crianças com nove meses de idade, independentemente do local de residência, devem ser vacinadas conforme calendário nacional de vacinação em vigor em 2018.