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Os irmãos Maggi e Gustavo cresceram separados. Eles são vítimas de um escândalo que na década de 1980 ficou conhecido como a 'Máfia dos Bebês': quadrilhas de tráfico internacional formadas por juízes, donos de cartórios, enfermeiras e médicos vendiam crianças brasileiras para diversos países no exterior.
O Fantástico denunciou o caso em 1985. A maioria dos bebês que saía de Santa Catarina e do Paraná era vendida em Israel. As quadrilhas procuravam famílias pobres e convenciam a mãe a doar o filho dizendo que ele teria um futuro melhor.
Em alguns casos, os criminosos pagavam pelas crianças. Em outros, simplesmente roubavam os bebês. Na época, bastava uma declaração em cartório para autorizar a doação e os bandidos falsificavam o documento.
A brasileira Maggi Cohen chegou na casa de uma família em Tel Aviv com menos de um mês de vida. Os pais adotivos dizem que não desconfiaram de nada e que acreditaram que se tratava de uma adoção legal. Uma brasileira chamada Arlete entregou a bebê no aeroporto.
"Quem faz algo assim? Pegar uma criança de uma família sem permissão, sem nada? Pra nós ela contou outra coisa, que a mãe abriu mão dela, que assinou um documento diante do tribunal e que tudo, tudo era legal", contou a mãe adotiva israelense.
Em 1988, Arlete foi condenada e cumpriu dois anos de prisão. Ela comandava uma quadrilha que teria vendido pelo menos três mil crianças, segundo estimativa da ONG Desaparecidos do Brasil.
Maggi decidiu procurar a família biológica depois que assistiu a um documentário sobre o tráfico internacional de crianças brasileiras. "Fiquei muito impressionada, não acreditei que se tratava de uma organização criminosa, uma máfia. Parecia coisa de filme", disse.
Muitos brasileiros criados em Israel vivem o mesmo drama. A maioria não sabe nem por onde começar a busca. Já Maggi teve a sorte de encontrar o fio da meada. Junto com uma certidão de nascimento falsa, a quadrilha entregou para os pais adotivos um registro da maternidade. E lá estava o nome da mãe biológica, Denise Santos Oleari.
Com essa informação, uma ONG de São Paulo dedicada a reunir famílias de pessoas adotadas encontrou o irmão dela, Gustavo Oleare, no Sul do Brasil.
Gustavo conta que a mãe dele, na época, enfrentava problemas financeiros, não tinha emprego fixo, trabalhava como empregada doméstica e por isso aceitou a ideia de doar a filha. E que ela não recebeu dinheiro pra isso.
"Não, de maneira nenhuma. Assim que a Maggi nasceu, minha mãe foi para um quarto, ela pro outro. Apareceu um homem dizendo que era o pai e simplesmente sumiu com a criança", relatou Gustavo.
Àquela altura, a mãe já estava arrependida, não queria mais doar a filha. Gustavo contou que ela procurou anos a fio, mas nunca encontrou a criança. Denise morreu há 10 anos. "O tempo todo eu penso, minha mãe não teve paz, sem saber se eu estava bem, ela não teve paz para criar a sua família", disse Maggi. "Eu creio que ela está junto de nós, onde ela está, ela está vendo nós, filho", disse uma irmã de Denise.
Um exame de DNA comprovou que Maggi e Gustavo são irmãos. Ele mora no Rio Grande do Sul, mas o reencontro emocionante dos dois aconteceu em Garuva, no Sul de Santa Catarina, onde mora boa parte da família.
Vinda de Tel Aviv, Maggi correu para os braços do irmão para dar um longo abraço de mais de 30 anos de saudade. A amiga dela transmitiu o encontro ao vivo para a família em Israel.
"Agora eu quero abraçar todo mundo e amar todos vocês", disse Maggi sobre os familiares no Brasil. "Quero viver como se a nossa família nunca tivesse sido separada", disse.
Depois do escândalo da Máfia dos Bebês, o sistema de adoção no Brasil passou a ser mais rigoroso.
Fonte: G1 SC |
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