Polícia Militar prendeu Priscila de Godói Bruno, de 24 anos, e apreendeu um adolescente, de 17, suspeitos de participar do tiroteio que matou a menina Júlia Martins Rodrigues, de 4 anos, e outros dois homens, em Goiânia. De acordo com a corporação, a jovem deu cobertura para que os criminosos cometessem o crime. Outros três suspeitos foram identificados e são procurados pela polícia.
Segundo o major Daniel Pires Aleixo, comandante das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), quatro pessoas, entre elas o adolescente, foram até uma casa para fazer um "acerto de contas". Warley Cristofer Machado da Cruz foi morto no local. Uma adolescente conseguiu se esconder no banheiro da casa e não foi atingida. Já Fabiano fugiu e entrou na casa da família de Júlia, onde ele, a menina e o pai dela foram baleados.
Conforme o major, Fabiano foi levado para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol) e morreu na unidade. “Testemunhas nos passaram as caracteristicas do veículo que foi usado no crime. Em patrulhamento conseguimos localizar este carro no Residencial Buena Vista 4. Nas proximidades encontramos a Priscila em uma casa, ela estava com 3 kg de droga e uma espingarda calibre 12, que teria sido usada no crime".
"Segundo testemunhas, ele estava portando armas, mas a Polícia Civil e a perícia vão definir se ele atirou ou não", afirmou o comandante da Rotam.
Warley e Fabiano, que morreram no tiroteio, tinham passagem por tráfico de drogas.
O crime aconteceu no sábado no Setor Vera Cruz II, em Goiânia. Júlia morreu na hora, ao ser baleada pelos criminosos que invadiram a casa da família perseguindo Fabiano. Os dois suspeitos foram localizados no mesmo dia e levados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil. Conforme o comandante da Rotam, o adolescente é suspeito de ter participado diretamente do tiroteio
De acordo com o comandante da PM, o coronel Divino Alves, o crime foi encomendado de dentro do presídio. “Segundo informações, o menor recebeu ordens de dentro do presídio para matar a menor e os outros dois na casa. É difícil apreender menores, porque sabemos que amanhã vão estar nas ruas roubando novamente”, desabafou o coronel.
Conforme divulgou a corporação, Priscila tem passagem por tráfico de drogas, receptação, homicídio e associação criminosa. Já o adolescente apreendido tinha histórico de atos infracionais análogos a homicídio, tráfico, roubos, receptação, associação criminossa e porte ilegal de arma.
“Meu amigo [que estava no local na hora do crime] empurrou ela para dentro da sala. O [irmão dela] de 6 anos foi e escondeu atrás da geladeira. Ela voltou, que ela só tem 4 anos. Quando eu fui empurrar ela eu senti a fisgada da bala entrando e saindo [do meu braço] e entrando no ouvidinho dela. Ela caiu junto comigo. A mesma bala que me atingiu matou minha filha”, disse em entrevista à TV Anhanguera.
O pai de Júlia, Luiz Martins de Paiva, contou que tentou proteger a filha ao perceber os tiros na rua da casa onde mora. Ele acredita que a mesma bala que o atingiu no braço perfurou a cabeça da filha. Segundo ele, após serem baleados, os dois caíram juntos.