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"Bagaçada é muito preocupante no Brasil"

Esta é a visão do prefeito de Lagarto, Valmir Monteiro, e ele está se referindo aos novos conflitos entre os irmãos Batista, da JBS, o presidente Michel Temer e os desdobramentos todos que vêm quase paralisando o Brasil, de quarta-feira da semana passada para cá.

O espanto de Valmir Monteiro não é sem razão. Os novos episódios da política jogam o Brasil, de volta, numa vala de incertezas. E estas incertezas caem no colo dos 5.570 prefeitos das 5.570 cidades brasileiras, que é onde vivem os 207 milhões de brasileiros.

É como um desses prefeitos que Valmir Monteiro faz esse lamento. “Com estas confusões, a gente fica sem saber até quando e como poderemos desenvolver as nossas ações em parceria com a União”, avisa o prefeito lagartense, responsável pela terceira maior população de Sergipe – 103.188 habitantes.

“Veja a situação: a Federação passando por dificuldade, certamente não vai querer arcar com todas as ações que têm dentro das municipalidades. Como ficam, por exemplo, Bolsa Família e Pró-Jovem?”, questiona Valmir. O prefeito de Lagarto, acha, no entanto, que o presidente Michel Temer passa por este funil.

“Porque achei que os áudios gravados da conversa entre ele e o cara da JBS dizem muito pouco contra a pessoa do presidente. Dizem bem mais contra o empresário”, diz Valmir. Leia esta breve entrevista feita com ele ontem.

JLPolítica – Como é que o senhor está encarando este momento da política nacional?
Valmir Monteiro – Eu estou encarando tudo isso com muita tristeza, porque tudo aconteceu num momento em que o Brasil dava sinais de que ia melhorar, crescer e se desenvolver, já com os números do desemprego baixando e a economia dando indicação positiva. Não é nada positivo a gente vê uma situação dessas. Para mim, é um transtorno do tipo que nos exige que voltemos para a construção de tudo de novo.

JLPolítica – O senhor é capaz de prever a quantidade de tempo que vai se exigir para retomar o que se vinha construindo?
VM – Isso vai depender muito de uma série de situações. Se o presidente for interditado, quando é que isso vai acabar? Se houver um novo impeachment, tudo isso deve durar um ano ou mais.

JLPolítica – Mas o senhor acha que Michel Temer tem condições de permanecer no mandato?
VM – Eu penso que sim. E por que eu digo isso? Porque achei que os áudios gravados da conversa entre ele e o cara da JBS dizem muito pouco contra a pessoa do presidente. Dizem bem mais contra o empresário, que Temer classifica de falastrão. É claro que a aposição vai querer zoar, mas não vai conseguir.

JLPolítica – O senhor acha que as reformas hoje, sobretudo as trabalhista e a da Previdência, correm perigo?
VM – Infelizmente, sim, porque se já não iam votar dentro de uma suposta normalidade, imaginem agora. Veja que já havia uma expectativa de não passar, de o Governo não fazer a maioria, e com esta concepção de agora, periga mais ainda. Qual a expectativa com estas polêmicas todas que acontecem no país? Veja que gravidade: numa segunda-feira, o presidente anunciou os números de melhoria da realidade. Ótimo isso. Estávamos crescendo 1,1% no primeiro trimestre, e aí vem uma bagaçada dessa.

JLPolítica – E agora?
VM – Agora isso é tudo muito preocupante para o Brasil e me deixa muito incomodado, porque as ações do Governo o Federal são uma importante ajuda aos municípios a também realizarem no social.

JLPolítica – O senhor vê essas ações sob ameaça?
VM – Com estas confusões, a gente fica sem saber até quando e como poderemos desenvolver as nossas ações em parceria com a União. Há expectativa de sair um presidente e entrar outro: e aí, o que entra vai querer dar continuidade? Como é que vai ser? Veja a situação: a Federação passando por dificuldade, certamente não vai querer arcar com todas as ações que têm dentro das municipalidades. Como ficam, por exemplo, Bolsa Família e Pró-Jovem?

JLPolítica – O senhor acha que a Medida Provisória dos 120 meses de refinanciamento das dívidas das Prefeituras com a Previdência corre perigo de não ser aprovada?
VM – Creio que sim. Se botar hoje em votação, depois de tudo isso, ele perde. E se voltar à estaca zero nesta questão do refinanciamento das dívidas com a Previdência é péssimo para os munícipios do Brasil. Olhe, vivemos um momento que exige muito cuidado e muito espírito público.

“ESTOU PREOCUPADO É COM A NAÇÃO”

Outro prefeito sergipano de nome Valmir, o de Francisquinho, de Itabaiana, tem pensamento parecido com o do xará de Lagarto. Para o itabaianense, a maior preocupação da classe política hoje deveria recair sobre povo brasileiro, que vai terminar pagando esta conta. Ele admite que é um escracho contra os trabalhadores a quantidade de dinheiro vazada do BNDES para a estrutura do grupo JBS. “Eu estou preocupado é com a nação brasileira. Com o povo. Eu só sei que quem está liquidado é o povo trabalhador. Com o dinheiro brasileiro indo pela lata do lixo e o povo se acabando. É de dar pena a situação do trabalhador do Brasil. Ninguém sabe o que fazer. Fala-se uma coisa hoje, amanhã já é outra que não estava se esperando. O alto escalão do Judiciário poderia prender esses caras da Friboi. Se tem que ir preso, que vá. Qualquer um. Político, empresário. Os caras pegaram o dinheiro do BNDS, construíram um império no mundo com essa grana e depois vão zombar de todo mundo lá de Nova Iorque”, diz Valmir.

 
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