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O senador Aécio Neves (PSDB/MG) entregou seu passaporte nesta quarta-feira, 24, ao Supremo Tribunal Federal. A medida atende ordem do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte máxima. Fachin mandou o tucano entregar o passaporte e decretou seu afastamento do mandato no âmbito da Operação Patmos, deflagrada no dia 18.
Aécio está sob investigação por suspeita de exigir propina de R$ 2 milhões do empresário Joesley Azevedo, acionista da JBS. Formalmente, o senador é alvo de inquérito por suspeita de corrupção passiva, obstrução de investigação e participação em organização criminosa. Ele nega os crimes e diz ter sido vítima de ‘uma armação’ de Joesley, que gravou conversa entre eles em um hotel em São Paulo.
Joesley e outros executivos do grupo JBS firmaram acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República.
O ministro do Supremo também determinou a Aécio que não mantenha contato com outros alvos da Operação Patmos – o presidente da República Michel Temer e o deputado Rocha Loures (PMDB/PR) são investigados com base nas delações da JBS. Joesley também gravou diálogo com Temer na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu.
Aécio tem agora 15 dias para se manifestar sobre recurso do procurador-geral da República Rodrigo Janot que insiste na decretação de sua prisão preventiva decorrente de flagrante por crime inafiançável.
No início da investigação, Janot requereu a prisão do senador, mas o ministro Fachin negou tal medida – apenas afastou Aécio do mandato. O procurador insurgiu-se contra decisão de Fachin e apresentou recurso sob alegação de que solto o tucano põe em risco a ordem pública. |