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O clarão visto por moradores de Salvador, na noite desta terça-feira, 20, em Salvador, pode ter sido causado por um meteoro. A afirmação é do professor de física da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Alberto Brum Novaes.
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Ele explica, que apesar de surpreender as pessoas, o fenômeno é comum. "Normalmente, o que vimos ontem (terça) se chama de 'estrela cadente'. A diferença é que foi um pouquinho maior que o comum. Diariamente, mais de 100 mil meteoros entram na atmosfera, mas um com tamanho maior causa um espetáculo daquele", explica Brum. Pela intensidade da luz, o especialista acredita que o meteoro tinha o tamanho de um mouse de computador.
Apesar do susto, o professor de física tranquiliza a população e esclarece que a entrada de meteoros na atmosfera não é perigosa. De acordo com ele, a probabilidade de um meteoro causar estragos ao cair na Terra são minímas. "É raríssimo disso acontecer. Para causar danos, ele tem que ser grande. Normalmente, assim que entra na Terra, por conta da enorme pressão da atmosfera, ele já começa a se deteriorar. Então, o que chega na Terra é pequeno", explica.
O fenômeno não foi registrado pelo Observatório Antares, em Feira de Santana (a 109 quilômetros de Salvador), de acordo com o diretor da unidade, Paulo Cesar da Rocha Poppe.
Mar
Há suspeita de que o corpo celeste tenha caído no mar, mas a assessoria de comunicação do 2º Distrito Naval da Marinha do Brasil informou que autarquia não registrou nenhuma anormalidade no mar. Coincidência
No início do ano passado, outro fenômeno assustou os soteropolitanos. No dia 26 de março, moradores da capital baiana relataram ter ouvido um estrondo vindo céu, seguido por tremores. O evento foi percebido nos bairros de Brotas, Barra, Pituba, Graça, Rio Vermelho, Paralela, Barris, Subúrbio e Liberdade, além da ilha de Itaparica. O evento deixou diversas pessoas intrigadas, pois o mesmo som foi ouvido por moradores de várias áreas de Salvador e também do interior baiano. Uns relatavam barulhos de explosão e outros relacionavam ao som de um tiro forte.
Na época, foram citadas várias hipóteses sobre o assunto, contudo nenhuma foi confirmada. Um das suspeitas seria uma operação com caças supersônicos, mas a Força Aérea Brasileira (FAB) negou a ação. Na ocasião, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) não registrou nenhuma ação de deslizamento de terra e o departamento de geologia do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (Ufba) descartou a ideia de um meteoro. Sob supervisão da editora Paula Pitta.
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