As notificações não param de chegar: 9 administradoras e 50 moderadoras se desdobram para gerenciar o grupo fechado Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, no Facebook. São mais de 10 mil pedidos de adesão por minuto. Criado em 30 de agosto, a página teve uma explosão, com 600 mil novas usuárias, entre os dias 9 e 10 de setembro: já são quase 800 mil membros até o momento.
“Até o final da semana seremos 1 milhão. Nós vamos decidir essa eleição, vamos fazer história, a imprensa internacional falará de nós e nunca mais nenhum outro político ousará menosprezar a figura feminina”, escreveu uma das administradoras.
As motivações para criar o grupo são ideológicas. “Não recebemos pagamento ou comissão para estar aqui, estamos trabalhando duro porque acreditamos num propósito viável e importante para nós mulheres”, afirmou outra moderadora.
O eleitorado feminino será pedra no meio do caminho para o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro. Segundo pesquisa Datafolhadivulgada nessa segunda-feira (10/9), ele possui 17% da intenção de voto do eleitorado feminino e é rejeitado por 49% delas. Nenhum outro candidato tem tanta discrepância em porcentagem de eleitores por gêneros.