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A Justiça condenou dois médicos a pagarem R$ 70 mil de indenização por dano moral a um jovem em Belo Horizonte que teve o testíticulo direito retirado, em abril passado, após um diagnóstico errado.
Os médicos fizeram uma leitura equivocada da ultrassonografia e se omitiram ao não requerer novos exames. Sem odiagnóstico correto, a retirada do órgão foi inevitável.
Em abril deste ano, o paciente apresentava fortes dores e inchaço testicular e, por isso, procurou atendimento. O médico solicitou um exame de ultrassonografia a outro especialista sob a hipótese de storção testicular.
O exame atestou "epididimite no lado direito do testículo" e o paciente foi medicado com analgésicos. Ainda assim, as dores aumentaram e o quadro se agravou nos dias seguintes. Após procurar um terceiro médico, o paciente foi diagnosticado com "sinais ecográficos de torção do cordão espermático".
Com o novo laudo, o jovem fez a cirurgia 12 dias da primeira consulta. A sentença é do juiz da 28ª Vara Cível de Belo Horizonte, Joaquim Morais Júnior, que sentenciou os profissionais a pagarem a quantia, solidariamente, por negligência e danos morais à vítima.
Para o juiz, o primeiro médico que atendeu o cliente solicitou a realização de um ultrassom para avaliar a circulação dos vasos sanguíneos e o fluxo de sangue no órgão, mas o outro especialista realizou um exame bem mais simples, reduzindo a possibilidade de preservação do testículo.
Segundo o laudo pericial, não foram cumpridas as normas técnicas que determinam a realização de um exame conhcido como Doppler colorido, essencial para a diferenciação entre a epididimite e a torção testicular.
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