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Nicolás Maduro prestou juramento para seu segundo mandato na presidência na Venezuela nesta quinta-feira (10). A cerimônia aconteceu no Supremo venezuelano, porque a Assembleia Nacional, que é dominada pela oposição, não reconhece a legitimidade da sua reeleição. Ele deve ficar no poder até 2025.


Caracas e outras cidades do país amanheceram com agentes da Força Armada Nacional nas ruas, de acordo com o jornal “El Universal”. Na capital, há reforço de segurança no entorno da sede do Supremo e em estações de metrô.

Os apoiadores do presidente estão concentrados em diversos pontos no centro da capital venezuelana para presenciar o evento, como mostrou a Telesur, TV multiestatal com sede na Venezuela. De acordo com a agência Reuters, ativistas da oposição convocaram protestos para esta quinta-feira.
A oposição política venezuelana e diversos países, entre eles os EUA, o Canadá, e os membros do Grupo de Lima, do qual o Brasil faz parte, não reconhecem a legitimidade do novo mandato de Maduro. A maioria dos países latino-americanos, incluindo o Brasil, os EUA e a União Europeia não enviaram nenhum representante para a posse.


ANÁLISE: O que esperar do novo mandato de Nicolás Maduro?


Por outro lado estão presentes os líderes da Bolívia, Evo Morales; da Nicarágua, Daniel Ortega; de Cuba, Miguel Díaz-Canel e de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén. No Brasil, a deputada federal eleita e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, confirmou sua presença.


De acordo com o jornal “El Universal”, também estão presentes: o secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e delegações do Irã, Trinidad e Tobago, Irlanda, Bielorrússia, Rússia, Argélia e África do Sul. O vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay, também acompanha a cerimônia.

Maduro conta com o apoio do Supremo e a “lealdade absoluta” da Força Armada Nacional Bolivariana, declarada pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino.


Contrariando a Constituição, o juramento não foi feito perante a Assembleia Nacional, de maioria opositora: assim como o órgão não reconhece a legitimidade de sua eleição, ele também não aceita sua autoridade, e considera que o Parlamento está em “situação de desacato”.


Eleição contestada

Maduro foi reeleito em maio do ano passado, com quase 70% dos votos, em eleição que foi boicotada pela oposição, teve alta abstenção e denúncias de fraude.


A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) se recusou a participar do pleito por considerar o processo uma "fraude" para perpetuar Maduro no poder. Os dois maiores rivais de oposição já estavam impedidos de concorrer: Leopoldo Lopez está preso e Henrique Capriles foi impedido de se candidatar a qualquer cargo por um período de 15 anos.


Cerca de 20,5 milhões de eleitores estavam registrados para votar, mas o comparecimento foi de 46% do eleitorado e um total de 8,6 milhões de votos. Foi uma das porcentagens de participação mais baixa da história venezuelana.


Crise socioeconômica

Desde 2013, quando Maduro assumiu o governo, a Venezuela sofreu ondas de protestos violentos, que deixaram cerca de 200 mortos, e uma derrocada socioeconômica.


Entre 2004 e 2015, nos governos de Hugo Chávez e no início do de Nicolás Maduro, o país recebeu US$ 750 bilhões provenientes da venda de petróleo. O governo chavista aproveitou essa chuva dos chamados "petrodólares" para financiar de programas sociais a importações de praticamente tudo que era consumido no país.

Mas, em 2014, o preço do petróleo desabou. Além de receber menos dinheiro por seu principal produto, a Venezuela também teve uma queda significativa na produção.

O que levou a Venezuela ao colapso econômico e à maior crise de sua história


O Estado ainda viu seus gastos públicos aumentarem para conseguir manter os programas sociais. A dívida externa aumentou em cinco vezes.


Ao tentar supervalorizar a moeda venezuelana, o governo provocou distorções de valores que causarem uma crise de desabastecimento e contribuíram para um cenário de hiperinflação. Em 2016, a escassez de medicamentos levou o Parlamento a decretar “crise humanitária”.


Emigração em massa

Em fevereiro de 2018, uma pesquisa mostrou que nove em cada dez venezuelanos viviam abaixo da linha da pobreza, e mais da metade deles estavam no patamar da pobreza extrema.


O cenário de apagões, falta de comida, remédios, transporte e água e hiperinflação, com um salário mínimo que permite a compra de um quilo de leite em pó, provocou uma emigração em massa nos últimos quatro anos.

De acordo com agências da ONU, cerca de três milhões de venezuelanos vivem no exterior, dos quais pelo menos 2,3 milhões deixaram a Venezuela a partir de 2015. A maioria deles viajou para a Colômbia e o Peru.


No Brasil, vivem atualmente mais de 30 mil venezuelanos - cerca de 10 mil deles cruzaram a fronteira apenas nos seis primeiros meses de 2018.


Adversários de Maduro o acusam de empurrar o país para o abismo com medidas econômicas disparatadas, de submeter o povo à fome e de ser um "ditador", sustentado por militares.


No entanto, ele diz ser um "presidente democrático" e "vítima" dos Estados Unidos e a "guerra econômica da direita", à qual culpa pela hiperinflação e falta de comida. E promete prosperidade.


 
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