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Após uma inspeção que não houve, uma reunião tensa, e a intervenção do Ministério Público Estadual – que ajuizou um ação civil pública contra o Estado – o Governo de Sergipe aceitou a proposta do empresário da carreta do câncer, e com a aceitação, o equipamento deverá entrar em funcionamento no prazo dado pelo MPE.
Hoje, 19 de fevereiro, uma equipe da Fundação Pio XII, mantenedora do Hospital de Amor, esteve em Aracaju (SE), a convite do Governo do Estado, para uma inspeção à Carreta do Câncer, mas não pode concluir a visita porque os equipamentos não foram ligados. Segundo o empresário, Márcio Guidon, não houve tempo hábil entre o comunicado do Governo e a inspeção para que os técnicos das empresas pudessem estar em Aracaju para por os equipamentos em funcionamento.
A vice-governadora Eliane Aquino (PT), o secretário de Saúde, Valberto Lima, representante de Mulheres de Peito, Sheyla Galba, e os deputados Georgeo Passos e Kitty Lima, ambos do partido REDE acompanharam a visita que acabou sendo interrompida quando teste não pode ser feito e o clima ficou tenso. A repórter Magna Santana, da Fan FM acompanhou a comitiva. Uma reunião foi marcada para acontecer na sequência, no gabinete do secretário Valberto.
Na reunião, ficou definida uma nova data para inspeção da carreta com a presença do empresário, dos técnicos das empresas responsáveis pelo funcionamento dos equipamentos, da Fundação Pio XII e do Governo de Sergipe.
A proposta aceita – No meio da reunião, o secretário de Estado da Comunicação, Sales Neto, divulgou nota informando que o Governo do Estado aceitou a proposta do empresário. A proposta feita pelo dono da Morumbi foi: pagamento de 30% no ato depois da vistoria das instalações físicas da carreta; num prazo de 30 dias, haverá a vistoria dos equipamentos de mamografia e ultrassonografia. Se na vistoria ficar verificado que está tudo dentro dos parâmetros técnicos, o governo paga os 70% restantes.
Se não estiver, a empresa se compromete a colocar os equipamentos adequados.
Entenda o caso – A “Carreta do Câncer” é um equipamento usado para realização de exames e diagnósticos do câncer. A carreta foi construída pela empresa “Morumbi”, do empresário Márcio Guidon, pelo valor de R$ 2.709.995,00 e está pronta desde junho do ano passado, segundo Guidon. Mas, um impasse entre a forma de pagamento tem atrasado a entrega do veículo capacitado para realizar até 150 atendimentos por dia.
No último dia 12, o Ministério Público de Sergipe (MPE-SE) ajuizou ação cível pública dando prazo de 30 dias para que a carreta entre em funcionamento. |