Preso em março de 2018, o ex-secretário municipal de Articulação Política e Relações Institucionais (Seapri), Sérgio Viana, foi absolvido da acusação de obstrução de Justiça nas investigações da ‘Operação Caça Fantasmas’, que  investigou a contratação de servidores fantasmas na administração do ex-prefeito de Aracaju (SE) João Alves (DEM).


Sérgio passou seis dias preso e ainda responde a outras acusações no processo. Em entrevista ao radialista Narcizo Machado, durante o Jornal da Fan desta sexta-feira, 24,  o ex-gestor comemorou a absolvição. “Me traz muita alegria, mas é apenas uma etapa do processo no qual eu espero conseguir provar por completo minha inocência”, pontuou.


Questionado se sua prisão e o envolvimento no processo prejudicou a eleição do seu irmão, Robson Viana, ao cargo de deputado estadual, ele lamentou. “Não tenho dúvida que atrapalhou. Veja que a minha absolvição só saiu bem depois das eleições, até aqui a minha imagem e a imagem dele, que logo foi associada a mim, ficou maculada”, detalhou.


Mesmo manifestando insatisfação com veículos de imprensa que associaram sua prisão ao seu irmão, Sérgio disse que não buscará reparação judicial. “Acredito que os veículos devem apelar para consciência e da mesma forma que divulgaram informações sobre a minha prisão, deveriam me ligar para falar da absolvição”, apontou.


A absolvição também se aplicou ao  ex-diretor financeiro da Secretaria Municipal da Articulação Política e das Relações Institucionais (Seapri), Ricardo Alberto Gonçalves.


Os dois foram denunciados pelo Ministério Público Estadual sob a acusação de estarem instruindo e intimidando testemunhas, além de outros investigados, com o intuito de impedir a descoberta da verdade em relação aos cargos fantasmas da Seapri, e ainda de estarem se  apropriando de forma  indevida de parcela das remunerações de alguns desses servidores que não trabalhavam.