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Esta semana, vídeos circularam em redes sociais mostrando uma ação da Guarda Municipal que gerou muita polêmica. Um jovem estudante de direito, Antony David afirma que foi agredido e colocado em uma viatura à força. A ação ocorreu na sexta-feira passada, 7, em frente à Viação Atalaia, no bairro Santos Dumont.
Antony disse em entrevista ao Jornal da Fan que se dirigia à faculdade, quando entrou em um ônibus coletivo e percebeu que o cinto de segurança do assento destinado a pessoas com deficiência estava quebrado. Ele então resolveu ir à porta da empresa responsável pelo veículo para protestar e cobrar melhorias, foi aí que a confusão começou.
Na empresa, Antony, que é cadeirante, se posicionou no portão da garagem, impedindo que ônibus entrassem e saíssem do local. Segundo ele, neste momento foi pedido que se retirasse, mas ele não aceitou e exigiu vistoriar os veículos.
“Eles não queriam atender ao meu meu pedido e eu estava apenas exigindo meus direitos, mas não teve acordo e fui agredido, Colocado no porta-malas e jogado como um lixo”, lamentou.
A Polícia Militar, a SMTT e a Guarda Municipal (GMA) foram acionadas para tentar contornar a situação, mas nada foi resolvido. O cadeirante foi conduzido à Central de Flagrantes de Polícia Civil, na avenida Maracaju, na região norte da capital, onde a ocorrência foi registrada pela GMA.
A Guarda Municipal informou que seus agentes estão amparados pela Lei e agiram corretamente, já que foi pedido que o rapaz se retirasse do local por diversas vezes, mas ele não atendeu. Diante da polêmica foi aberto um processo administrativo na Corregedoria da Guarda Municipal e um inquérito policial pela Polícia Civil para investigar se houve algum tipo de excesso por parte dos guardas.
Nessa quarta-feira, 12, o prefeito de Aracaju (SE) Edvaldo Nogueira se reuniu com o secretário da Defesa Social e da Cidadania, Luís Fernando Almeida, e determinou uma apuração rigorosa a respeito da atuação da GMA no caso. Edvaldo lembrou que “sempre exerceu um governo pacífico e com respeito aos direitos humanos, portanto, não transgride o modo de governar em harmonia, empregando sempre o diálogo na solução de conflitos, a exemplo da forma democrática com que lida com os movimentos sociais.”
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