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Em pronunciamento realizado em rede nacional, na noite da última terça-feira, 31, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) mudou o tom de seu discurso sobre a crise do novo coronavírus (Covid-19) que atinge o Brasil e o mundo.
Em seu pronunciamento anterior, no último dia 24, ele fez críticas diretas ao isolamento horizontal, comparou a doença a uma “gripezinha” e chegou a pedir a “volta da normalidade” e o fim do “confinamento em massa” em defesa da retomada da atividade econômica.
Dessa vez, de forma mais moderada, ele enfatizou a preocupação com a vida e emprego dos trabalhadores informais e mais vulneráveis.
“Por um lado, temos que ter cautela e precaução com todos, principalmente junto aos mais idosos e portadores de doenças pré-existentes. Por outro, temos que combater o desemprego que cresce rapidamente, em especial entre os mais pobres”, disse o presidente.
Além disso, Bolsonaro recorreu a trechos de uma fala do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, que disse saber que muitas pessoas precisam trabalhar todos os dias para ganhar seu pão diário e que os governos têm que levar essa população em conta.
Entretanto, em suas redes sociais, o diretor-geral da OMS explicou que não estava defendendo o afrouxamento do isolamento social, mas que os governos desenvolvam políticas de proteção econômica para as pessoas que não podem ganhar ou trabalhar em meio à pandemia e que as pessoas sem renda regular merecem “políticas sociais que garantam sua dignidade e lhes permitam cumprir as medidas de saúde pública recomendadas pelas autoridades nacionais de saúde e pela OMS”.
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