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O fato de Projota estar lançando neste fim de semana (mais) um single romântico – A voz e o violão, quarta música composta pelo artista paulistano em homenagem à noiva Tamy Contro – soa perfeitamente natural. No ano passado, o vigoroso álbum A milenar arte de meter o louco (2017) flagrou Projota se debatendo entre o compromisso do rap e as leis do mercado, mas ainda vencendo a batalha. A voz e o violão sugere que o jogo pode virar contra o artista.

Com versos pueris como os do refrão "Então fala / Que a gente ainda tem solução / Você é a voz / Eu sou o violão / Vamos fazer um filho / Para ele tocar percussão", o single A voz e o violão chega à web embalado com discurso romântico arquitetado por departamento de marketing.

Contudo, por mais que o rap tenha sido inspirado por história real da vida pessoal de Projota, o single cumpre sobretudo o que se espera mercadologicamente de um rapper que aderiu à vertente mais pop do hip hop e, por isso mesmo, está contratado por gravadora multinacional, a Universal Music, sempre mais atenta aos anseios do mercado do que aos valores artísticos dos discos.

Projota segue as regras do jogo da indústria da música pop. Mal nenhum há nisso. Só que, ao preferir a zona confortável do romantismo de A voz e o violão nesse momento em que a chapa está fervendo no Brasil, Projota jamais obterá a expressão e a importância de manos como Criolo (vociferante em Boca de lobo, impactantes single e clipe que o trouxeram de volta ao rap), Emicida e Mano Brown, colegas conterrâneos mais compromissados com a ideologia e o engajamento do hip hop. Com informações G1.

 
 
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