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Especialista diz que superproteção dos pais prejudica os filhos na idade adulta, quando chegam ao mercado de trabalho
A nova geração de jovens é impaciente, superprotegida e muito diferente dos pais. A definição é do escritor Ruy Leal, superintendente-geral do Instituto Via de Acesso, organização de caráter socioeducacional e de assistência social.
Atuando há mais de 30 anos em capacitação de jovens para o ingresso no mercado de trabalho, Ruy diz que o fato de as gerações Y e Z – formadas por pessoas nascidas entre os anos 1980 e 2000 – terem crescido no meio tecnológico explica o porquê de a maioria dos jovens adultos ser tão diferente das gerações anteriores.
“Os baby boomers (pessoas nascidas de 1945 a 1960) e a geração X (de 1960 a 1980) saíram do analógico para o digital. E o mundo analógico era completamente diferente. Os trabalhos se encerravam com o fim da semana. Hoje não é mais assim”.
O escritor destaca ainda que, apesar de estarem habituados ao uso das novas tecnologias, os jovens enfrentam algumas dificuldades, como a superproteção da família, que os torna despreparados para lidar com certas exigências do mercado de trabalho.
Ruy Leal explica que, por terem crescido em um mundo digital, os jovens de hoje não tiveram de se adaptar ao uso de novas tecnologias, o que é difícil para gerações anteriores, menos acostumadas a usar determinadas ferramentas, e, por isso, muito mais lentas em acompanhar o novo ritmo da juventude.
“Eles já encontraram, quando entraram no mercado de trabalho, toda a parafernália tecnológica, que vem sendo, cada vez, mais instrumento de trabalho”, disse.
Por Caroline Freitas, do jornal A Tribuna |