O relatório final das investigações sobre a Máfia dos Guinchos e dos Táxis foi apresentado nesta segunda-feira (10). De acordo com o documento, nove pessoas foram indiciadas por irregularidades no Estado.

A deputada Janete de Sá (PMN), relatora da CPI da Máfia dos Guinchos e dos Táxis da Assembleia Legislativa, explicou que a CPI cumpriu com seu papel e desfez uma quadrilha existente no Espírito Santo.

“Essa quadrilha lesava os cofres públicos e os contribuintes capixabas. Mesmo ameaçados de morte, nós não nos intimidamos e apuramos com rigor todas as irregularidades existentes nos pátios, guinchos, estacionamentos rotativos, concessão de placas de táxis e licitações realizadas pelo Detran aqui. Todo o resultado do nosso trabalho será encaminhado ao Ministério Público, com as devidas recomendações, para dar prosseguimento às investigações e oferecer denúncia à Justiça contra todos os envolvidos. Uma cópia do relatório também será encaminhada aos demais poderes constituídos”, disse Janete.

A CPI registrou 199 depoimentos e entre as pessoas ouvidas pelos parlamentares estão policiais militares, guardas de trânsito, secretários municipais de Trânsito e Transporte, gestores públicos, taxistas, consumidores, diretores e ex-diretores Detran, dentre outros.

Os quatro anos de investigação resultaram em 109 volumes com mais de 22 mil páginas. Ao longo das apurações foram solicitadas 23 quebras de sigilo fiscal, bancário e telefônico dos suspeitos.

A conclusão da CPI traz uma série de recomendações ao governo do Estado e encaminha pedidos de providência e investigação ao Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Estado, como a realização de leilões quinzenais pelo Detran dos veículos removidos e não reclamados no prazo de 60 dias, adoção pelas autoridades policiais, Detran e guardas civis municipais, de um protocolo uniforme para apreensão e remoção de veículos no Estado, dentre outras.