Sergipe é o estado mais violento do Brasil, segundo levantamento de diversos órgãos oficiais. Nos últimos cinco anos, os índices de violência registrados no estado cresceram de forma assustadora. O número de mortes violentas ocorridas supera as do Rio de Janeiro, estado que vive uma verdadeira “guerra civil”, realidade considerada inaceitável para o deputado federal pelo PSB, Valadares Filho, que defende a necessidade urgente de mudança.
Justamente neste momento, o estado corre o risco de ter desativada uma das mais importantes ferramentas de combate ao crime e salvamento de vítimas da violência: o Grupamento Tático Aéreo (GTA). O serviço pode ser paralisado, já que o contrato do helicóptero não será renovado. Foi aberta uma licitação para selecionar uma nova empresa para arrendamento da aeronave, prevista para acontecer no próximo dia 16.
No entendimento de Valadares, essa é mais uma mostra da falência do modelo de segurança pública implantado em Sergipe. Para ele, o serviço é essencial e não deveria sequer correr o risco de ficar paralisado. “Essa forma de gerir a segurança pública, na qual o governador simplesmente escolhe o secretário, que por sua vez monta sua equipe e deixa que ela desenvolva política de segurança não deu certo. O governador tem que estar integrado à questão para solucionar as demandas, não pode ficar alheio”, defende Valadares Filho.
Ele considera que, pelo fato de o modelo atual ser falido é que Sergipe se tornou o estado mais violento do Brasil. “Esse formato ultrapassado nos levou a alcançar os piores índices de violência do país. Nós, que sempre tivemos uma realidade de paz, de estado que dava segurança e tranquilidade aos nossos familiares, que atraía turistas por ser um lugar pacato, de repente nos vimos diante de uma realidade de violência e insegurança”.
Resgate da paz
Valadares Filho aposta na criação de um comitê gestor de segurança pública como uma das formas para reverter o atual quadro. Na sua avaliação, a redução dos índices de violência e combate à criminalidade exige o comprometimento e engajamento de toda a máquina da administração, mas principalmente do governador.
O comitê tem essa filosofia. Espelhado no projeto bem sucedido na Paraíba, Valadares Filho acredita no comitê, integrado por diversos secretários - que irão contribuir para a construção de uma política efetiva de combate à violência e à criminalidade - e liderado pessoalmente pelo governador, como forma de resgatar a imagem que Sergipe sempre teve de estado da paz.
JL POLÍTICA.