Integrantes do governo temem que a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no final de semana, de que outras mudanças poderão ocorrer, tenha como alvo o presidente do Banco do Brasil, André Brandão.
Como o blog mostrou em janeiro, Brandão entrou na mira de Bolsonaro após o Banco do Brasil anunciar o fechamento de agências dentro de um programa já previsto de reestruturação administrativa.
O problema é que o presidente não gostou, e reclamou com Paulo Guedes.
O ministro da Economia, no entanto, trabalhou para manter Brandão, junto com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
O ministro da economia Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Rio de Janeiro, em outubro de 2019 — Foto: Mauro Pimentel/AFP
Brandão ganhou uma sobrevida, mas integrantes da equipe econômica não acreditam que a insatisfação do presidente com o chefe do BB tenha passado. Por isso, temem que ele ainda esteja na mira do presidente.
Assessores de Bolsonaro avaliaram ao blog, inclusive, que o movimento pela permanência de Brandão no mês passado foi maior do que o feito por Castello Branco, que deixará a Petrobras.
Nos bastidores do governo, auxiliares presidenciais argumentam que a “máquina presidencial explode” quem não avisa o presidente com antecedência de movimentos que interferiram no aumento de custo de vida da população.