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“Existe um lugar de onde o adeus partiu, Acompanhado da tristeza e da dor, Onde alguém especial me espera, e ainda mais: Amigos que eu almejo tanto ver”

Nesta semana, no dia 19 de maio, a cena evangélica brasileira perdeu a irmã Nilma Soares, cantora e fundadora do Grupo Logos, no qual cooperou ao lado de seu esposo, o pastor, cantor e compositor Paulo Cezar, ambos acompanhados por diversos músicos e colaboradores que passaram pelas várias formações do prestigiado conjunto.

Após uma batalha contra um câncer iniciada por volta de 2012, a irmã Nilma descansou no Senhor. Essa foi uma perda muito sentida por tantas pessoas que, no curso de quatro décadas, acompanharam o primoroso trabalho musical, o dedicado ministério evangelístico, a estreita interação com a família e a doçura de uma das vozes mais belas do evangelicalismo em nosso país.

Quero, pois, neste momento, dar meu testemunho pessoal do significado da Missão Evangélica Logos para a minha vida, o que faço buscando evidenciar o alto nível de importância que aqueles irmãos tiveram para o meu crescimento como discípulo de Cristo.

Em 1994, à altura dos meus 17 anos, retornava para casa, no interior da Bahia, depois de mais uma semana de estudos colegiais, quando deparei com um LP intitulado “Um Novo Dia”. Meus pais e irmãs, assim como gente de nossa igreja (Assembleia de Deus em Alagoinhas-BA), tinham participado de uma apresentação do Logos, mas eu estivera absorvido pelas atividades escolares numa cidade vizinha (além de, àquela época, não estar firme na frequência aos cultos).

Eu estava só na sala, e comecei a ouvir o disco em cuja capa figurava uma janela para uma vista bonita. Fui escutando e apreciando todas as canções, às quais me liguei para sempre: “Um Novo Dia”, “A Paz”, “Não Temas”, “Volte”, Restaurador Fiel”, “Se Jesus Comigo Estiver”, “Que Bom Será” e “Quero Cantar”. Todas as músicas eram bonitas, os arranjos me agradavam muito, e o encarte trazia os versículos bíblicos em que se baseavam as letras. Identifiquei-me “no ato”, como nunca mais ocorreria com nenhuma outra obra musical.

Ainda me lembro do encantamento que me assaltou ao ouvir a abertura com divisão de vozes, seguida pelo acento grave do pastor Paulo Cezar. A letra parecia sair do meu próprio coração: o eu-lírico partilhava comigo sentimentos que também eram meus, mas aditava: “Há um novo dia”. Havia uma mensagem de esperança tão maravilhosa que inundou meu coração.

Uma das canções dizia “Volte”, e eu precisava retomar a frequência à igreja. Cantava-se “A Paz” (no timbre soprano de uma moça chamada Traud), o “Restaurador Fiel”, a “Razão Pra Viver”, e eu precisava mesmo recobrar minhas convicções (e ampliá-las, praticando a Fé que recebi de minha mãe). Fiquei emocionado. Deus falou comigo.

Não demorou muito, eu estava de volta ao meu cotidiano de igreja, e o ano de 1995 foi um dos mais importantes da minha vida, pois reaprendi o valor de congregar, adquiri maior interesse pela Bíblia e passei por uma espécie de “conversão cognitiva”, pela qual tudo começou a fazer sentido. Até compus algumas canções, nunca publicadas, mas, sem dúvida, inspiradas no repertório do Grupo Logos, que eu amei como porção de minha identidade.

Em 1996, fui estudar Direito em Minas Gerais, na cidade de Viçosa, e já estava mais fortalecido. Eu sempre escutava o Logos, cantarolava, e, quando controlei a timidez, passei a cantar na igreja também. Ganhei um aparelho de som, dado por um estudante que a Providência aproximou, e o que gostava muito de ouvir eram as canções do Logos.

O tempo avançou, e eu me ressentia de não ter estado com a minha família para ver o Logos naqueles idos de 1994 – mas eis que em 2006 se anunciou que eles iriam a Sete Lagoas, onde morávamos, e não hesitei: pus minha esposa no carro do meu sogro e consegui realizar aquele sonho antigo.

Naquela ocasião, o pastor Paulo Cezar pregou a partir de Hb 12.1,2, e lembro de coisas que ele disse: precisamos ter referências na Igreja, imitar bons exemplos; precisamos nos desvencilhar do pecado. Ao final, pude conversar brevemente com eles, e falei, em tom de gracejo, que eu já fazia o que o pastor Paulo Cezar propusera no sermão: “Pastor, quando eu canto na igreja, eu imito o senhor”. Não houve quem não risse.

Mas, voltemos à irmã Nilma: lembro que o culto ocorreria em determinado local ao ar livre, o que não foi possível em razão das chuvas, algo assim; recorreu-se, então, a uma igreja das redondezas…

Não será inconfidência eu narrar que, enquanto o conjunto se organizava, o pastor anfitrião achou de aproveitar a audiência para disparar uma série de declarações nonsense de matiz “neopentecostal”, numa época em que denominações mais tradicionais não eram ainda tão visitadas por distorções doutrinárias daquele jaez. Eu, que já era bastante aferrado às bases de Fé, fiquei chateado com aquilo tudo, mas fui salvo pela temperança da irmã Nilma: ao pegar o microfone, e com todo o jeito do mundo, ela disse algo como “Em nossas andanças pelo Brasil, ouvimos tanta coisa que não convém à Palavra de Deus…” Pronto. O culto podia começar.

Olhando para o exemplo da irmã Nilma, o que eu via era uma crente verdadeira, piedosa, leve, conhecedora da Bíblia e ajudadora do seu marido. Eu, na realidade, sinto-me pequeno quando conheço pessoas como a irmã Nilma e o pastor Paulo Cezar, porque preciso aprender muito, e conduzir minha vida de tal maneira que reflita e transmita o Evangelho puro e simples, o qual não precisa de adições nem tolera subtrações.

Para ser fiel ao subtítulo deste artigo, ressalto que a voz da soprano Nilma Soares esteve a serviço da Fé Evangélica, e estará para sempre ecoando em nossos corações. Sua herança será valorizada. Tem de ser. Precisamos que seja.

Por outro lado, pesa na minh’alma um fato: assistimos ao encerramento de uma etapa relevante da história musical evangélica em solo brasileiro. À semelhança do Grupo Logos, que eu saiba, não existem outros ministérios de música. Não quero falar de coisas chatas e torturantes, mas anoto apenas que chegamos ao tempo dominado pelo “Movimento Gospel”, com seus “levitas”, celebridades e influencers, os quais carregam seus mantras enjoativos, seu séquito de coreografia e toda chatice de uma teologia “furada”, superficial e emocionalista.

Este artigo, porém, não será concluído com palavras minhas, mas, sim, com um trecho do lindíssimo louvor “Existe um lugar”, do próprio Grupo Logos. Quando um dos trechos é repetido para encerrar a canção, a linda voz da irmã Nilma se eleva, para dizer: “Pra onde eu anseio, um dia desses, me mudar, e ver o portão de ouro se abrir pra eu entrar” – esperança que compartilho, na Pessoa de Cristo, meu Senhor e Salvador, o “Autor da Minha Fé”.

Vejamos:

“Existe um lugar de onde o adeus partiu, Acompanhado da tristeza e da dor, Onde alguém especial me espera, e ainda mais: Amigos que eu almejo tanto ver.

Existe um lugar onde o fulgor do sol Tornou-se eterno, e a noite não chegou; Pra onde eu anseio, um dia desses, me mudar, E ver o portão de ouro se abrir pra eu entrar.

 
 
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