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SHOW DA MANHÃ
Início: 08:00 - Término: 11:30
Com: Fátima Ribeiro e Márcio Luiz
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Casos de funcionários que não podem usufruir o direito já chegaram ao CNJ

O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Paraná (Sindijus) está cobrando uma solução para um problema antigo no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR): o grande número de servidores que não tiram férias. De acordo com o Sindijus, desde 2014 o TJ-PR passou a pagar as férias, mas muitos servidores, principalmente em comarcas menores, ficam sem gozar os dias de folga. O problema foi constatado por uma inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) feita no Tribunal e entrou no relatório de correição de 2013 publicado pela entidade. O CNJ relatou casos de servidores há mais de três anos sem férias e cobrou uma solução em 30 dias. O TJ-PR argumentou que o fato de servidores terem dias acumulados “não significa que os mesmos deixaram de usufruir de qualquer descanso no período” e que eles têm direito, a cada cinco anos, a licença especial. Com base em leis estaduais, o CNJ considerou que sua determinação não foi atendida.De acordo com Antonio Marcos Pacheco, direitor do Sindijus, de lá para cá a única coisa que mudou foi o que Tribunal passou a pagar as férias e limitou o acúmulo a 60 dias (referentes a dois anos). As férias anteriores acumuladas são vendidas. “O pessoal estava acumulando oito, dez férias”, afirma Pacheco. “O servidor só recebia na hora de se aposentar. Se morresse e a família não fosse atrás, ficava sem ganhar”.Pacheco diz que o sindicato já recebeu casos de servidores que nunca tiraram férias. “Teve o caso de um oficial de Justiça, que se aposentou há uns dois anos, que nunca tirou férias ou recebeu os valores correspondentes”, afirma. “O juiz disse que não adiantava ele pedir férias, porque só tinha ele na comarca. Ele acabou se aposentando por invalidez”.

Defasagem - O motivo para situações como esta, avalia o diretor do Sindijus, é o baixo número de oficiais de Justiça no Estado. Hoje, há 498 oficiais de Justiça de carreira e 334 designados em todo o Paraná, um total de 832 (desde 2008, aprovados para o cargo de técnico judiciário passam por um treinamento para atuar como oficiais). Em 1997, um estudo indicava a necessidade de 1,2 mil profisisonais da área. “Se tivéssemos os 1,2 mil hoje já estaria bom, pois muitas demandas estão sendo comunicadas por e-mail, por exemplo. Mandado de prisão quem cumpre é a Polícia Civil, alvará de soltura fica com o Depen (Departamento Penitenciário)”.A utilização de técnicos judiciários vem causando problemas, diz Pacheco. “Na falta de servidores, o juiz acaba designando um técnico judiciário para cumprir expediente fora do horário. Cumpre mandados nos fins de semana, de manhã e à noite, em dias alternados. Tanto o técnico como o oficial de Justiça trabalham com o próprio carro. A mudança foi ruim não só para o trabalhador, mas também para a população”. Saúde - Estudos mostram que as férias são essenciais para a saúde física e psicológica dos trabalhadores. De acordo com estudos de medicina do trabalho feitos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), depois do quinto mês de trabalho sem férias após o período estipulado por lei (12 meses) o rendimento do trabalhador cai, principalmente as atividades intelectuais. O estresse aumenta, podendo gerar falta de sono, aumento da pressão sanguínea, problemas vasculares e cardíacos, diabetes e depressão, entre outros problemas. A assessoria do Tribunal de Justiça do Paraná não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta edição. Segundo a assessoria do TJ-PR, as respostas sobre as férias de servidores será enviada hoje. Com informações Bem Paraná. 

 
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