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O novo boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (27) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) mostra que mais duas pessoas morreram em Juiz de Fora por febre amarela. Outro óbito também foi confirmado em Matias Barbosa. Com esses dados, sobe para 42 o número de mortes na Zona da Mata e do Campos das Vertentes.
Em todo o estado, as mortes chegam a 145 desde o fim do ano passado. De acordo com o balanço, no total, 413 casos da doença foram confirmados. Outros 607 seguem sob investigação.
Do total de casos confirmados, 359 (86,9%) se referem a pacientes do sexo masculino, e 54 (13,1%) do sexo feminino. Já entre as vítimas que morreram, apenas oito eram do sexo feminino.
A letalidade por febre amarela em Minas Gerais é de aproximadamente 35,1%.
O informe epidemiológico divulgado nesta terça se refere ao monitoramento da SES iniciado em julho de 2017. Segundo a pasta, entre o início do monitoramento até dezembro de 2017, não foram registradas mortes.
Decretos e situação de emergência
No caso de Juiz de Fora, o prefeito Bruno Siqueira (MDB), decretou recentemente situação de emergência por conta dos casos registrados. O boletim com a situação mostra que, além das sete mortes, há outros 26 casos de pacientes internados ou que tiveram alta confirmados.
A decisão do Executivo ocorreu 47 dias depois de o governo de Minas incluir as cidades das Unidades Regionais de Saúde de Barbacena e de Juiz de Fora no decreto estadual de emergência, além das áreas de Belo Horizonte, Itabira e Ponte Nova, que já constavam no documento publicado no dia 19 de janeiro.
Sobre a decisão de Siqueira na época sobre o decreto, o G1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Juiz de Fora para saber quais providências seriam tomadas como vacinação, número de leitos e se tinha repasse do Estado ou da União, além de ter questionado ser uma das maiores em número de casos no estado com registros de óbitos e internações, entre outros. Veja as respostas neste link.
Decreto de outras cidades
À iniciativa do governo estadual, a cidade de Barbacena se antecipou e emitiu o comunicado decretando situação emergencial na cidade no dia 24 de janeiro.
O decreto nº 8.257 autoriza a adoção de medidas administrativas necessárias à contenção dos surtos, como aquisição de insumos e materiais e a contratação de serviços e pessoal de forma emergencial sem a necessidade de abertura de licitação pelo prazo de 180 dias.
A cidade de Viçosa também emitiu decisão semelhante no dia 23 de janeiro. No decreto, o prefeito Ângelo Chequer (PSDB) justificou a situação de casos de febre amarela e também da dengue.
Mortes confirmadas pela SES-MG na região até o dia 27/03:
Juiz de Fora: 9 óbitos;
Barbacena: 2 óbitos;
Barroso: 1 óbito;
Rio Preto: 3 óbitos;
Piau: 2 óbitos;
Belmiro Braga: 1 óbito;
Bicas: 1 óbito;
Goianá: 1 óbito;
Mar de Espanha: 1 óbito;
Maripá de Minas: 1 óbito;
Matias Barbosa: 2 óbitos;
Rio Novo: 1 óbito;
Santa Rita do Jacutinga: 1 óbito;
Santos Dumont: 2 óbito;
Simão Pereira: 1 óbito;
Santo Antônio do Aventureiro: 1 óbito;
Viçosa: 2 óbito;
Ervália: 1 óbito;
Caranaíba: 1 óbito;
Senhora de Oliveira: 2 óbitos;
Lima Duarte: 6 óbitos.
Febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos infectados. Em área rural ou de floresta, os macacos são os principais hospedeiros e a transmissão ocorre pela picada dos mosquitos transmissores infectados Haemagogus e Sabethes. Nas cidades, a doença pode ser transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti. Não há transmissão direta de pessoa a pessoa.
Os sintomas iniciais da febre amarela incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.
G1 |