Com a população e as autoridades de saúde ainda às voltas com o surto de febre amarela silvestre – que acumulava há uma semana 150 mortes no estado, mais óbitos que em período equivalente do ano passado –, o mosquito transmissor da dengue também volta a matar em Minas Gerais. Boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou os dois primeiros casos fatais da doença do ano em território mineiro – um deles na cidade de Conceição do Pará, no Centro-Oeste, e outra em Uberaba, no Triângulo.
E esse número tende a subir, já que há ainda nove mortes em investigação. Em 15 dias, aumentou em 25,6% o número de casos prováveis (confirmados mais suspeitos) da enfermidade nos primeiros meses de 2018. A preocupação se completa com os números da febre chikungunya e da zika, também transmitidas pelo Aedes aegypti e que tiveram aumento expressivo das notificações. Em relação à dengue, os casos prováveis passaram de 9.050 (número divulgado pela SES há duas semanas) para 11.367 ontem.
Entre os municípios com registros acima de 100 casos por 100 mil habitantes, dois têm incidência considerada muito alta: Visconde do Rio Branco e Piraúba, ambas na Zona da Mata, com índices de 1.155,84 e 513,4, respectivamente. Nove cidades se encontram com alta incidência, 21 estão com média, 243 com baixa e 578 não têm registro de casos prováveis. No ano passado, houve 18 mortes por dengue no estado.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, desde 2011 os quatro sorotipos do vírus da dengue foram identificados em Minas Gerais, com predomínio da circulação do sorotipo DENV1. Este ano, pela primeira vez o sorotipo DENV2 predomina entre as amostras em que foi possível a identificação de sorotipo no estado.
Estado de Minas
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