A greve dos caminhoneiros entra no décimo dia e segue em vários pontos do país, expondo cada vez mais a fragilidade do governo do presidente Michel Temer, que, mesmo agilizando a aprovação da isenção dos tributos PIS e Cofins sobre o diesel, que tramitou rapidamente nessa terça-feira (29) no Congresso Nacional, não consegue pôr fim ao movimento. Há uma redução no número de pontos de bloqueio e notícias um pouco menos desanimadoras para a população. O número de postos com gasolina e diesel aumentou nessa terça-feira (29). Muitos Estados, como Bahia e Ceará, já têm uma situação próxima da normalidade. Mas as filas para abastecer ainda estão enormes, e, até que esteja cheio o tanque de todo mundo, os transtornos persistem.
E a notícia não é boa para os mineiros. O Estado apresenta recuperação lenta no abastecimento, muito abaixo de outras unidades federativas. Apenas 13% dos postos de Minas Gerais conseguiram receber combustível nessa terça-feira (29) e estão operando com filas quilométricas de carros. Aqui também é onde há registros de mais estradas com protestos no país. São cerca de 180 pontos de concentração de caminhoneiros, nas contas do governador Fernando Pimentel, sendo 80 só com caminhões parados e outros cem com bloqueios. Em todo o país, segundos as últimas estimativas do movimento grevista e das autoridades, esta terça-feira (29) registrou cerca de 600 pontos de concentração da categoria.
Com a situação ainda incerta, os reflexos só aumentam, e os transtornos da população também. Sem condições de normalizar o abastecimento, os produtos nas gôndolas de supermercados, padarias, sacolões e demais estabelecimentos ficam mais escassos. No giro da reportagem de O TEMPO dessa terça-feira (29), constataram-se prateleiras vazias e o consumidor preocupado com seus mantimentos, que acabam em casa, sem a expectativa de reposição.
E, para piorar, a mobilidade está comprometida com a greve do metrô e escalas reduzidas dos ônibus, que tornam precárias também as condições de funcionamento de empresas, escolas e serviços públicos por falta de pessoal. Diante disso, nem com o movimento dos caminhoneiros já se dissipando e comboios de caminhões-tanque saindo das refinarias os efeitos sobre a sociedade devem melhorar nesta quarta-feira (30).
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