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Na última semana a Rádio Mandacaru tratou com preocupação e denunciou no seu Jornal às condições de trabalho dos funcionários e a precária estrutura física de duas das escolas municipais de Luís Gomes, a Escola Municipal Dona Maroca, na Zona Urbana e a Rafael Gomes de Lima, na comunidade de Lagoa de Pedra, onde trabalham dezenas de funcionários públicos e estudam diariamente centenas de crianças e adolescentes. 


Apesar das imagens mostrarem que há carência de investimentos públicos, as Notas de Empenho de 2013 e 2014, disponíveis no Site da Transparência Municipal, registram gastos na melhoria da estrutura dessas e de outras unidades educacionais do município. Uma visita às unidades citadas mostram que tem algo estranho porque há uma falta de sintonia gritante entre as imagens e os gastos informados. 

A primeira matéria tratou da Escola Dona Maroca, antigo anexo da Escola Municipal Professor Dubas, localizada na região periférica da cidade e onde estudam principalmente as crianças dos bairros conhecidos por Mirante, São José e Sol Nascente, famílias que historicamente são mais excluídas e por isso, socialmente falando, mereciam atenção especial, uma forma de compensar o abandono e resgatar a cidadania negada.

Comecei falando da Quadra de Esporte que trato como estrutura pertencente à Escola Dona Maroca. Ambas foram construídas pelo Governo do Estado e cedidas, sem formalidades, ao município. Têm sido rotineira as cobranças, principalmente no que trata da questão do abandono da Quadra de Esporte que é usada por alunos da Escola Maroca, comunidade do entorno e adolescentes do Programa Segundo Tempo. 

A falta de vigias, aliada a “falta de educação dos usuários”, tornou o uso do espaço um perigo. O município ignora a necessidade de se fazer melhorias e de contratar um vigia para evitar maiores danos. Da forma que está ou se faz investimentos urgentes ou interditada. O espaço construído para atender a diversas práticas esportivas, apenas tem servido precariamente para o futebol. Não faz muito tempo, ano passado e início deste, nem as traves estavam disponíveis. 

Muro baixo, portão de entrada quebrado por vândalos, rede elétrica danificada são os maiores problemas no momento. As instalações elétricas, como mostram as imagens, colocam em risco de morte quem usa o espaço. São os próprios beneficiários que ligam e desligam, a hora que desejam, a iluminação. Quase todas as noites treze refletores permanecem ligados até o dia seguinte, porque não existe ninguém oficialmente nomeado para desligá-los. O quadro de comando está quebrado e fios expostos podem, a qualquer momento, causar uma fatalidade. 

Outro problema, principalmente pela falta de vigia e também pela ausência permanente de práticas esportivas guiadas, são as drogas. A Quadra tem sido, mesmo durante o dia, espaço para consumo, principalmente da maconha. Certa vez, não faz muito tempo, uma adolescente, que bebia junto com outros, foi retirada do local desmaiada pelo consumo excessivo. 

Medidas necessárias: elevar o muro; consertar as instalações elétricas; colocar rede de proteção para evitar danos no telhado da Escola; contratar um vigia diurno e noturno, também um profissional durante o dia que entenda de esportes, para acompanhar e instruir as atividades que podem ser exploradas no local. 

Ao lado da Quadra fica a Escola Municipal Dona Maroca, igualmente abandonada pelo poder público. As fotografias, inseridas no final deste texto, não me deixam mentir. Nos últimos dois anos já foram registrados três furtos. O último aconteceu neste final de semana, sábado ou domingo. Adentraram no espaço e furtaram equipamentos esportivos e eletrônicos. De uma sala levaram uma mesa de som, alto-falantes e tuites de duas caixas, conseguidas por alunos, professores e funcionários com recursos de um festinha de São João realizada na Escola, quando Francisca Alcindo era a Diretora. Noutra levaram bolas do Programa Segundo Tempo. Não era para menos. “Os delinquentes”, muito provavelmente, entraram por uma janela que já estava quebrada aguardando que a administração fizesse o conserto.

A fechadura do portão de entrada da escola está quebrada. Para abri-lo basta colocar a mão por baixo (do portão) e levantar o ferrolho. Apenas isso. Se bem que muitos entram mesmo é pulando o muro. Lá dentro outros desmantelos. Instalações elétricas precárias, tomadas e interruptores quebrados; ventiladores sem funcionar; maçanetas quebradas; banheiros com caixas de descarga e torneiras de lavatórios danificados. A fechadura da porta da cozinha quebrada, praticamente apenas escorada com um pequeno prego. Quanto a parte elétrica, as Notas de Empenho já mencionadas, dão conta de gastos consideráveis foram feitos nas escolas municipais no ano de 2013 e também em 2014. Pelo padrão das tomadas logo se ver que elas estão lá desde a construção do edifício. Que gastos foram esses, então?

A porta da sala onde ficam os computadores da Escola de Inclusão Digital “Dr. Aguinaldo Fernandes”, dentro da Dona Maroca, também foi arrombada no último final de semana. Esses computadores estão nessa sala aguardando, faz muito tempo, que o prefeito providencie a instalação de tomadas. Nessa sala nada fizeram, apenas “passaram” para chegar noutra onde estão guardados diversos equipamentos esportivos do Programa Segundo Tempo e onde também estão, desde quando a escola foi construída, isso há mais de quinze anos, os extintores de incêndio que deveriam está instalados nas dependências da escola. É uma vergonha.

Na escola o único aparelho disponível para refrigerar água está quebrado faz um bom tempo. Há cerca de três semanas funcionários se revezavam para buscar água na caixa do CSU, a cerca de trezentos metros da escola, para uso dos funcionários e alunos. Ultimamente, dada à situação, cada aluno tem sido orientado pela Diretora Joselânia Martins a levar uma garrafinha com água. A administração municipal até tentou fazer diferente. Comprou uma caixa de mil litros e colocou dentro da escola, no chão, para guardar água potável. Depois se descobriu que essa caixa servia de piscina para crianças, adolescente e jovens que, a noite, praticavam esporte na Quadra ao lado.

Percebi que, enquanto ventiladores, quase todos quebrados, esperam manutenção, ar-condicionados, cerca de trinta e seis (36) aparelhos, estão na sala principal da Prefeitura, há quase dois anos, aguardando serem instalados nas escolas do município. Também não vi as mesas dos professores (birô) da Escola Dona Maroca porque eles estão servindo para uso dos professores do Polo da UAB, lá colocados indevidamente quando Franklin Miguel era o Secretário Municipal de Educação. 

Lamentavelmente a escola não tem impressora e as atividades são impressas no Professor Dubas e isso quando tem papel disponível. Também não tem internet. Faltam ainda no suporte pedagógico Secretário Escolar, Supervisor e Coordenador. Também, até o momento, assim como em todas as outras escolas municipais, mesmo a administração já tendo licitado, mas não comprado, material escolar (cadernos, lápis, caneta, borracha e régua) que sempre foi distribuído no início de cada ano letivo. 

A situação da Escola Municipal Rafael Gomes de Lima, de Lagoa de Pedra, também é crítica. No ano de 2013 a prefeitura registrou um gasto de manutenção elétrica e de pintura, mas nada disso aconteceu. Exemplo maior é o da pintura que nunca existiu e a administração registrou gastos de R$ 2.890,00. A última caiadura das paredes, segundo depoimento de um professor, foi em 2009. 

Quando visitei a Escola Rafael Gomes, no último dia 11 de julho, encontrei o prédio todo revirada, sujo, ainda no meio de uma reforma que começou em 2012. Tomadas e ventiladores quebrados; banheiros inacabados e caixas de descarga penduradas. As janelas, algumas delas, também quebradas.

No ano de 2011 a escola recebeu um recurso de cerca de R$ 13.000,00 (Treze mil reais), do Programa Escola Ativa, para compra de equipamentos e melhoria na estrutura física. Por algum motivo, ainda desconhecido, essa pequena reforma, piso de granilite, em três espaços da escola, até o presente ainda não foi concluída. Imagino que dado o tempo essa prestação de contas já foi encaminhada ao Governo Federal sem o serviço ter sido concluído.

 

É preciso providências urgentes. Impossível ver tudo isso e não questionar, não cobrar soluções. São inúmeros os absurdos e todos comprovados. 

 

Veja as fotos e a matéria no facebook 

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