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“A escola que prega contra a violência é a que canta sobre o cravo e a rosa brigando”, afirmou

O pedagogo Isaque Folha participou do programa Mente Aberta, promovido pela Rede Super. Na ocasião, o educador e músico tratou acerca de uma pesquisa sobre cantigas de roda que crê serem problemáticas, tanto pela letra, quanto pelo contexto de composição.
“As cantigas de roda sempre me chamaram muita atenção. Elas têm muitas coisas boas, a integração entre as crianças, a gente vê criança gordinha, magrinha, várias etnias juntas”, disse o pedagogo.
“A roda é interessante por isso e a questão da musicalização também. Toda criança que cresce com o acesso a música, cresce melhor, a criatividade é maior. Mas, algo me chamou atenção nas letras”, afirmou, dando início a sua contestação.
Ele afirma que o conteúdo de alguns versos e músicas estimulam noções de violência e preconceito, como racismo. “A mesma escola que prega contra a violência é a que canta sobre o cravo e a rosa brigando, é a que atira o pau no gato”, argumentou.
“É a que vê Samba Lelé doente, com a cabeça quebrada e não aciona o Samu. Chama é por mais palmadas. Já pensou você chegando na urgência com traumatismo craniano e o médico te receita 60 palmadas?”, questionou.
Isaque acredita que o mundo está caminhando para uma direção complexa nas relações humanas. “A automação já tira muita gente dos setores públicos. Estamos perdendo essa coisa de conversar e interagir com o outro”, pontuou.
Sua pesquisa se deu durante 7 anos. No período, Isaque afirmou que procurou a Biblioteca Nacional, conversou com um amigo da área de Direito e diz que “cada vez que eu pesquisava, descobria coisas piores”.
“Por exemplo, Samba Lelê. Essa música é da época da escravidão do Brasil em que os senhores de engenho se divertiam às custas do sofrimento negro e tinham como a principal fonte de entretenimento a arte do negro”, contestou.
Folha acredita que a contradição mora exatamente pela existência de grupos marginalizados que pedem respeito e maior inclusão. “A psicologia diz que desde o ventre nós recebemos estímulos negativos e positivos. Mães estressadas, que discutem muito com os seus parceiros tendem a ter uma criança estressada, que chora por tudo”.
“Isso não quer dizer que todas as crianças que cantaram essas músicas estão sofrendo. Mas quero dizer é que precisamos viver um contraponto. A criança vê o pai batendo na mãe o tempo todo, a mãe desrespeitando o pai o tempo todo. Na hora da escola ela vai entender que é normal o pai bater na mãe e a mãe bater no pai”, finalizou. Com informaões Gospel Prime.

 
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