1
2
 
 
 
  Programação Normal
PlayList
 
 
 
publicidade lateral
 
 
« Voltar

Problema com a escassez de remédios era desde o mês de janeiro

Desde o início do ano, a população encontrou dificuldades com falta de remédios na farmácia da Secretaria Municipal de Saúde. Alguns medicamentos, entre eles, os de uso contínuo e controlado, estavam em falta no estoque.
O secretário municipal de Saúde, Agostinho Vanderlei Basso, explica que essa ausência de medicamentos se deu pelo corte de gastos da administração passada. “É comum em todo final de gestão, as prefeituras recuarem para poder fechar o caixa. Desde setembro, a gestão anterior reduziu consideravelmente o valor pago em medicamentos, e não autorizou mais nenhuma compra”, enfatiza.
Basso comenta que por conta disso, já tinha conhecimento que ocorreria a falta dos remédios, mas, para adquirir novos era preciso abrir uma licitação para empresas distribuidoras, o que levaria um certo tempo.
Em conversa com o então secretário, Roni Surek, o mesmo autorizou preparar uma licitação ainda naquele ano. “Nós sabíamos de antemão que teríamos essa dificuldade. Como já tínhamos acordado com a gestão passada, no dia cinco de janeiro deste ano, o novo processo já estava no serviço de licitação, isso num investimento alto”.

DISPONÍVEIS

Com a licitação concluída, a Prefeitura já pagou a parcela no mês de fevereiro, no valor de R$ 105 mil, renovando o contrato com a Paraná Saúde, que fornece medicamentos de uso contínuo e controlados.
Com isso, a maioria dos remédios que mais tem saída e estavam em falta já chegaram, e ainda estão chegando, como por exemplo, ácido fólico, diasepan, dipirona, antibióticos, ibuprofeno, paracetamol, entre outros.

ORGANIZAÇÃO

Para que a falta não ocorra mais, Basso já fez algumas determinações dentro da secretaria. “Estamos acabando de comprar com a licitação que saiu essa semana, e já temos uma quase pronta para lançar daqui dois meses. Como eu sei que a burocracia leva 60 dias, já determinei para minha equipe que nós não podemos deixar faltar para daí abrir licitação, o remédio é um consumo contínuo”, enfatiza.

O secretário também afirma que solicitou a equipe um relatório todo dia cinco de cada mês, contendo o estoque atual, a saída dos medicamentos, quais deles saem mais, e quanto tem previsto até a próxima licitação. Ele ainda afirma que é inadmissível faltar tantos medicamentos, e que agora infelizmente aconteceu, mas lá para frente não pode acontecer mais.

“Sabíamos desse problema, e da nossa parte foi inevitável porque não podíamos fazer nada na gestão passada. Mas sempre há uma opção, naquele momento não foi a escolha certa. Poderia ter cortado outros gastos, porque quando você deixa de investir no medicamento, prejudica diretamente a população”.

SEQUÊNCIA

Atualmente, a secretaria municipal de saúde é obrigada a comprar todo medicamento que contempla na RENAME, que é a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais. Como existe a obrigatoriedade de ter apenas os medicamentos presentes nesta lista, muitas vezes é adquirido remédios que não fazem parte da realidade da região.

Uma das ideias para filtrar a aquisição, é a instalação do REMUME, Relação Municipal de Medicamentos Essenciais, onde os médicos e profissionais elaborariam a relação dos medicamentos de acordo com a necessidade da região.

Segundo o secretário, o procedimento é simples. Após o projeto provado na Câmara, a secretaria tem a obrigatoriedade legal de comprar o que está prescrito e não deixar faltar. A relação ficará com os profissionais e outros órgãos públicos, e quando for receitado um remédio contido na REMUME, diante de qualquer circunstância, a secretaria deve fornecer.

PRIORIDADES

Basso enfatiza também que o trabalho está sendo seriamente baseado nas prioridades da gestão, que é investir e melhorar a atenção básica, manter o estoque suficiente de medicamentos contidos na RENAME e posteriormente REMUME, investir nos serviços de consultas especializadas, e também investir na capacitação permanente da equipe.

Uma das ações que mais vendo dando resultado positivo, segundo o secretário, é a atenção na fila de espera das consultas especializadas. Ele conta que quando assumiu a gestão, mais de oito mil pessoas aguardavam por consultas, exames, cirurgias e encaminhamentos.

A solução para amenizar foi contratar um médico auditor para avaliar cada indicação para a consulta especializada, se realmente o paciente necessita e se já passou por todos os processos.

Através disso, e de uma reunião com os demais médicos orientando sobre esse problema, no mês de fevereiro diminui 60% a quantidade de encaminhamentos. De mais de 8 mil pessoas, hoje estamos com pouco mais de 6 mil pessoas. Ou seja, em dois meses, foi diminuído 22% da fila.

“Nossa meta é que ninguém espere mais que dois meses para nada, o que é possível desde que todos façam sua parte”, afirma o secretário. 

 

Folha de Irati

 
Peça sua música! Clique aqui.
 
 
Acompanhe-nos através de suas redes sociais favoritas:
  
 
Nenhuma enquete ativa para exibir!
 
publicidade lateral