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Texto: Cleider de Souza Costa (de Campo Grande)
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, do senador Romero Jucá e do ex-presidente José Sarney.
Janot suspeita que eles estejam tentando obstruir as investigações da Lava Jato.
Os pedidos de prisão estão na mesa do Teori Zaqvascki, que não tem coragem de autorizar.
Sarney, pela idade, ficaria fora das grades, usando uma tornozeleira eletrônica.
Segundo a Globo, Cunha continua interferindo no comando da Casa.
Janot pede o afastamento de Renan da presidência do Senado.
Para sua solicitação, Janot se alicerça na delação de Sérgio Machado, que indicia tentativas de limites às investigações.
Tentam mudar a decisão do Supremo que prevê a prisão de condenados a partir da segunda instância. Tentam mudar a lei , para permitir delação premiada apenas para pessoas em liberdade, e não para presos investigados; e também uma pressão dos três para que acordos de leniência das empressas pudessem esvaziar todas as investigações.
Propina Gravações que Machado fez de conversas com políticos já derrubaram dois ministros nos primeiros 15 dias do governo Temer: o próprio Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência). Nas conversas gravadas, os dois criticavam a Lava Jato.
Em uma reportagem do dia 3 de junho, "O Globo" já havia relato que Machado contou aos investigadores ter pago pelo menos R$ 70 milhões a integrantes da cúpula do PMDB.
Ele disse que pagou a Renan cerca de R$ 30 milhões. Para Sarney, Machado relatou a entrega de cerca de R$ 20 milhões. Machado citou ainda que entregou outros R$ 20 milhões a Jucá.
Os valores, segundo Machado, foram desviados da subsidiária da Petrobras, responsável pelo transporte de combustível no país. |