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A Odebrecht contou com um apoio de R$ 350 milhões da Caixa em uma operação sigilosa realizada em 2014 por conta de um rombo para a construção da Arena Corinthians. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo neste domingo.
De acordo com a publicação, o banco comprou debêntures (títulos de crédito lançados ao mercado para captar recursos) da empresa, e o dinheiro não tem prazo para retorno.
À Folha, Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e nome forte na construção do estádio, confirmou a transação, mas não entrou em detalhes pelo fato de o negócio não envolver o clube paulista.
A princípio, a casa corintiana seria construída com um financiamento de R$ 400 milhões do BNDES, além de R$ 420 milhões oriundos de Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs), créditos cedidos pela Prefeitura de São Paulo.
Porém, o financiamento do BNDES, realizado por meio da Caixa, só veio a ocorrer em março de 2014, a três meses do início do Mundial - a Arena Corinthians recebeu o jogo de abertura do torneio. Além disso, houve um contratempo com os CIDs: uma ação na justiça questionou a validade deste recurso.
Sempre de acordo com a Folha, a Odebrecht concluiu a obra mesmo sem os recursos, já que ficou faltando os R$ 420 milhões dos CIDs. Então, veio a participação da Caixa.
Atualmente, o Corinthians está inadimplente na quitação do estádio com a permissão do banco. As mensalidades que vinha pagando de R$ 5 milhões desde julho de 2015 deixaram de ser pagas em março. O valor do estádio chegará a 1,64 bilhão, caso pague a dívida no prazo estipulado.
Fonte:Espn
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