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Quatro anos depois de confessar a morte, o esquartejamento e a ocultação do cadáver do marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, a bacharel em direito Elize Matsunaga, 35, será interrogada neste sábado (3) pelos jurados e pela defesa sobre sua versão dos fatos, ocorridos em maio de 2012 em São Paulo.
Inicialmente previsto para durar cinco dias, o julgamento entra hoje no sexto dia no Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste de São Paulo) naquela que, de acordo com o Ministério Público, será uma espécie de "luta do bem contra o mal".
Elize não responderá às perguntas da acusação – representada no júri pelo promotor José Carlos Cosenzo e pelo assistente dele, o advogado da família Matsunaga Luiz Flávio D'Urso. Com isso, só responderá aos questionamentos formulados pelo juiz, Adílson Paukoski, pelos jurados e pela defesa, representada no júri pelos advogados Roselle Soglio e Luciano Santoro.
De acordo com a advogada, a decisão de não responder à acusação foi tomada porque "ela não quer falar a quem não quer ouvir a verdade". "Ela falará à defesa, ao juiz, obviamente, e aos jurados, que estão muito interessados na causa dela. Ela vai trazer a verdade", declarou.
O promotor de Justiça, por sua vez, ponderou que a impossibilidade de a ré responder às questões da acusação não deve prejudicar a tentativa de condená-la à pena máxima – no caso, 33 anos pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e destruição e ocultação de cadáver --, já que, na avaliação dele, "a defesa fez um belo trabalho, mas não há mais como sustentar tudo aquilo o que ela (Elize) fez".
Fonte:Portal Oul |