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MANHÃ 104
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Alexandre Henrique de Castro foi denunciado pela morte de Benjamin de Moura Camargo, ocorrida há 20 anos em Jussara.

O fazendeiro Alexandre Henrique de Castro, filho do ex-deputado estadual Ibsen de Castro, enfrenta o júri popular nesta quarta-feira (16), em Goiânia, acusado de matar o peão Benjamin de Moura Camargo em 1998 por causa de uma briga de bar. O crime aconteceu no município de Jussara, no centro do estado, mas o processo foi encaminhado para a capital por “desaforamento” – o réu tem suposta influência na região original, por ser filho do ex-deputado e ex-secretário de Estado.

A sessão começou por volta de 8h30, na 3ª Vara dos Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri e é presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara. Nenhuma testemunha foi arrolada para participar da sessão. Até as 9h, o G1 não havia conseguido conversar com familiares do acusado ou da vítima.

Durante o julgamento, Alexandre se defendeu das acusações, alegando que a morte do peão é atribuída a ele por questões políticas, pois, na época do fato, o irmão dele, Itamar de Castro, era candidato a prefeito de Jussara.

“Eu não matei e não posso dizer para o senhor quem matou. Não tive nenhum problema com a vítima. Ele estava tonto e houve uma conversa [de que ele não iria para a fazenda porque não tinha mulher lá]. Eu estava sentado no bar, mas não vi disparo de arma de fogo. Eu tinha tomado duas cervejas. Sai de lá e fui para a fazenda a 3km", contou.

O réu conta ainda que foi dormir e, no dia seguinte, foi para Goiânia. "Sinceramente, eu não sei porque estou sendo acusado, por que eu estava dormindo. Muitos falam que é pela questão política, porque meu pai era deputado pelo MDB, e não tinham nada para incriminar minha família. Foi em período eleitoral, meu irmão, Itamar Castro, era candidato a prefeito e perdeu, por 20 votos. Eles soltaram documento falando sobre a morte do Tião antes das eleições”, disse o fazendeiro.

Depois disso, acusa o MP-GO, a vítima foi colocada na carroceria da caminhonete de Alexandre, que tomou o volante e saiu em alta velocidade em direção a Montes Claros. Depois de percorrer cerca de 50 quilômetros, ele decidiu, junto com Hélio, amarrar uma pedra na perna da vítima, atirar duas vezes nas costas dela e jogá-la de cima da ponte do Rio Claro.

Crime De acordo com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), o fazendeiro e a vítima, conhecida como Tião, foram a um bar beber cerveja no dia 26 de fevereiro de 1998. Eles, então, acertaram que a conta seria dividida entre os dois e teriam bebido 20 cervejas.

O desentendimento, porém, ocorreu quando Tião percebeu que outros peões continuariam no local. Ele teria dito que não queria ir embora, dizendo “você quer que eu vá embora para a fazenda para comer o quê? Lá não tem mulher”.

Ainda segundo o MP-GO, o fazendeiro chamou a atenção da vítima para respeitar as mulheres que acompanhavam os outros presentes e isso gerou uma discussão entre os dois. Tião então desistiu de permanecer no bar, e Alexandre pediu que ele lhe entregasse o revólver calibre 38 que carregava.

Somente no quarto pedido Tião teria decidido entregar a arma. Antes, porém, descarregou-a, jogando a munição no chão. Em seguida, outro funcionário da propriedade, Hélio dos Santos, passou a disputar os projéteis com o peão e eles brigaram. A vítima levou uma rasteira e pancadas com a sola da botina na cara, ficando desmaiada.

“Ninguém senta nos bancos dos réus de graça, e ninguém é condenado à toa. Existe a história, o crime, mas, além do crime, o que impressiona é que o homicídio é o tripé da tragédia: cachaça na cabeça, arma de fogo e três rapazes metidos a valentões. Ele [Alexandre] foi condenado, e o comparsa dele também foi condenado. Por uma questão técnica estamos tendo que julgar o Alexandre mais uma vez”, explicou o promotor.

Embora os homens tenham dito que Tião pulou da caminhonete na estrada, perícia apontou que ele tinha sido morto poucas horas depois, vítima de homicídio. Ainda segundo o laudo, o peão foi encontrado com uma pedra amarrada na perna direita e os dois tiros de espingarda nas costas.

Helio dos Santos foi condenado, na época do crime, a 12 anos de prisão, pela Comarca de Jussara.

 

Novo júri

 

O promotor José Eduardo Veiga Braga Filho explicou, durante a audiência, que o réu já havia sido julgado e condenado em 2009, pela comarca da cidade de Goiás. Na época, segundo o promotor, o júri reconheceu a autoria do crime, mas, por uma falha técnica, o magistrado não apresentou o quesito se condenava ou absolvia o réu. Por conta disto, segundo ele, o processo foi encaminhado para Goiânia e é julgado, pela segunda vez, nesta quarta-feira.

 
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