Mesmo após o acordo feito entre sindicatos e o governo federal, caminhoneiros seguem protestando contra a alta no preço do diesel em rodovias de Goiás pelo quinto dia seguido. Até a manhã desta sexta-feira (25) os manifestantes estavam com os veículos parados 54 pontos de rodovias: 23 federais, segundo a Polícia Rodoviária Federal, e 31 estaduais, de acordo com a Polícia Rodoviária Estadual.
Os atos elevaram o preço do combustível, prejudicaram distribuição de botijões de gás, reduziram a frota do transporte público em algumas cidades do interior e alteraram funcionamento do comércio. Além disso, reduziram a entrega de alimentos na Central de Distribuição de Goiânia (Ceasa), levaram à morte de animais por falta de ração e causaram a suspensão de aulas na rede pública no Entorno do Distrito Federal.
Na quinta-feira (24), após reunião, o governo se comprometeu, entre outros pontos, a zerar a alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), em 2018, sobre o óleo diesel, reduzir em 10% o valor nas refinarias nos próximos 30 dias e garantir a periodicidade mínima de 30 dias para eventuais reajustes no preço do combustível nas refinarias.
“Os caminhoneiros estão parados às margens das rodovias ainda. Não é possível afirmar como será o desdobramento do dia. Acreditamos que eles estão esperando os representantes informarem sobre o acordo para que a manifestação acabe. Estamos monitorando a situação, mas ainda temos que esperar”, disse o inspetor da Polícia Rodoviária Federal, Newton Morais.
O G1 tenta contato por telefone desde 8h40 com o Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Estado, mas as ligações não foram atendidas até a publicação dessa reportagem.
A assessoria de imprensa da corporação ainda não divulgou a lista com os pontos em que ainda existem manifestações. As equipes estão percorrendo as rodovias para atualizar os dados após o acordo.