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Na semana passada visitei alguns postos de saúde e também a Unidade Básica de Saúde “Prefeito Joaquim Martins Lopes”, na cidade. É necessário acompanhar de perto os problemas que temos porque as reclamações são muitas.
Ao longo dos anos se prometeu muito e foi feito pouco. Não é novidade o que estamos passando porque muito do que tem de errado hoje já foi cobrado no passado, porém não vai ser por isso que devemos deixar de procurar solução. Lembro de um tempo, até distante, que para fazer um simples exame de sangue o cidadão precisava levar a seringa. No Hospital Municipal, para ser internado, muitas vezes o doente tinha que comprar soro e a falta de médicos também era constante.
A chegada do médico cubano certamente foi um alívio para o gestor. A falta de médicos sempre foi um problema. Na verdade alguns deles querem trabalhar pouco e ganhar muito. Terminam, dada a carência, colocando dificuldades para aceitar trabalhar quando o município exige o cumprimento da carga horária. Costumam chegar e sair a qualquer hora e não admitem serem questionados. No serviço público de Luís Gomes é computado falta quando um vigia ou um gari não comparece ao serviço, mas não tratam os médicos e outros profissionais da mesma forma.
Voltando a minha visita as Unidades de Saúde, feita na semana passada e nesta. Os problemas não são poucos. Exemplo disso posso citar a Unidade Básica de Saúde da sede. Na semana passada encontrei a farmácia básica com pouquíssimos medicamentos, como comprovam as fotos. Faltava até Ácido Acetilsalicílico (ASS) e Dipirona Sódica. Não tinha como fazer preventivo, apesar da grande procura, porque faltava álcool e espéculo. Agora tem álcool, mas não o espéculo. Receituário azul para medicamentos controlados até ontem não tinha e faz tempo que acabou. No Posto de São Bernardo deixou de ser encaminhado medicamentos básicos e a Saúde Bucal está prejudicada, sem funcionar, porque falta profissional para trabalhar com o dentista.
Um outro grande problema é a falta de uma gestão eficiente. A Unidade de Saúde “Prefeito Joaquim Martins” ainda continua sem Diretor. O problema é que nem sempre são indicadas pessoas que tenham tempo para cumprir a carga horária de 40 horas semanais. Quem ocupa cargos em comissão não pode ter vínculo noutros municípios. Aqui acontece diferente. Outros profissionais lotados não dão o expediente completo. Exemplo: Médicos do PSF, Bioquímicos, e Dentistas.
Os Postos de Saúde da zona rural estão com as obras paradas faz um bom tempo. O prazo de conclusão era setembro do ano passado. Outros, como é o caso do Baixio, que ainda não teve a obra licitada, está fechado, parecendo abandonado. Vizinhos informaram que lá não tem mais atendimento médico. Até a cadeira do dentista foi retirada.
É preciso um olhar especial para enfrentar todos os problemas. O Secretário Municipal de Saúde, Francisco Tadeu Nunes Júnior, precisa ser mais atuante para ter condições de superar uma parte de todos os problemas que temos.
Luciano Pinheiro de Almeida
Vereador do PT
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